H'OUR

Em Julho fomos convidados pela Joana Pratas para irmos até ao Palácio do Torel para conhecermos as três novas colheitas (Tinto 2012, Branco 2015 e Azeite Virgem Extra de 2015), do projeto que tem com o seu marido (h’OUR), assim como o seu novo lançamento, o Rosé de 2015. Foi com muito gosto que recebemos o convite e nos deslocámos até ao palácio (que não conhecíamos) para conhecer não só os vinhos e azeites, como também o casal por trás do projeto h’OUR. Já nos tínhamos cruzado com a Joana por outras ocasiões, mas nunca em algo tão pessoal. Quando alguém te trata a ti (nós, bloggers de meia tijela), de forma tão profissional, tu sabes que não podes recusar um convite para algo tão pessoal.

Ninguém saiu de lá com os azeites

A verdade é que não nos arrependemos.  O azeite é excelente, com boa acidez e sabor. Dos vinhos, provámos os 3. Só tivémos pena de não conseguir provar o monocasta Touriga Nacional de 2012 que infelizmente só lá estava para preencher portfólio. É que nós somos loucos por Touriga Nacional. Mas não faz mal! Os presentes portaram-se muito bem. Mas vamos com calma, vinho a vinho.

Dificilmente gostamos de um Rosé

Mas este era diferente. Este rosé era vinho. Sabem o que queremos dizer com isto? Quem não sabe do que fala tem sempre mais dificuldade em explicar mas o que nos surge é isto: aquele rosé era Vinho. Não era sumo, não era uma coisa qualquer que os produtores dizem assim “Ah, este não parece grande coisa porque pede comida!” e que nós pensamos “Então não o sirvam sem comida porque assim não percebemos.”. Também não era suminho. Aqueles rosés que são feitos para serem frescos, saberem a frescos, mas que na verdade não acrescentam nada de nada ao momento. Este rosé é composto por 50% de Vinhas Velhas e 50% de Touriga Nacional. Logo aqui sabemos que vamos ter vinho com corpo, com fruta mas também com volume de boca. Se a acidez estiver certa, é um bom vinho. E neste caso, estava mesmo.

Branco ou Tinto, quem ganhou?

Ganhou o branco. Por muito. Composto por Verdelho, Vinhas Velhas e Rabigato (novidade no branco deste ano), mostrou-se um vinho fresco, equilibrado e complexo. Tudo o que se pede no branco. Já o tinto, composto por Vinhas Velhas, Touriga Nacional e Sousão desiludiu-nos um pouco. Esperávamos mais de um tinto do Douro, principalmente tendo Vinhas Velhas e Touriga Nacional. Se calhar foi o Sousão que nos atirou borda fora. Não a conhecemos o suficiente para apontar o dedo e dizer quem é o culpado. A verdade, para nós claro (que percebemos pouco disso), é que felizmente teríamos saído de lá com uma caixa de branco e meia de rosé, mas o tinto ficaria para outros.

O caminho faz-se caminhando

A verdade é que 3 em 4 é brutal. E atenção! O Tinto não é mau. Só não está ao nível dos restantes, para o nosso palato. Se gostássemos todos do mesmo, havia um produtor de vinhos e um restaurante. E isso era uma grande treta. Recomendo que provem e nos digam por vocês o que acharam. As nossas recomendações são óbvias: comecem pelo rosé e terminem no branco, com um pão caseiro e o azeite com sal grosso a acompanhar. No fim, experimentem o tinto. As pessoas que estão por trás deste projeto assim o merecem. Fazendo um trocadilho barato, está na h’OUR.

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