26 de Fevereiro, 2016 0 Comentários Comida, e TQB!, Guias de viagem

Katz’s Delicatessen – Lower East Side, New york

Katz Nova Iorque

Hoje trazemos até vocês um paraíso na terra. Um sítio que remonta já a 1888 e está bem presente na história de Nova Iorque e nas comunidades que por ali existiam por essa data. Há várias coisas que se podem pedir no Katz’s: omeletes gigantes, massas, sandes das mais variadas, sopas, cheese steak’s, etc.. Mas não é nenhum destes que leva a imensidão de pessoas que passam por lá todos os dias. É outra a especialidade que leva as pessoas a esperarem, por vezes, tempos infindáveis em filas que dão a volta ao quarteirão.

E que especialidade é essa?

O que torna este sítio no paraíso que ele é, é o Pastrami. Pastrami era algo completamente desconhecido para nós na primeira vez que fomos a Nova Iorque. Mas quando começas a pesquisar sítios para comer em Nova Iorque que não imperdíveis este deve estar nos primeiros lugares. Hoje em dia, é impensável ir a Manhattan (New york) e não ir ao Katz’s.

E o que é isso do Pastrami?

Primeiro a explicação exigida: o que é Pastrami? Ora bem, trata-se de um pedaço de carne magra (normalmente vaca mas também se encontra de porco, cordeiro ou peru). A carne primeiro é colocada em salmoura. Leva-se depois a secar parcialmente, tempera-se com uma grande quantidade de ervas e especiarias (normalmente alho, coentros, pimenta preta, paprika, sementes de mostarda e outros), sendo depois fumada e cozida a vapor para partir a fibra da carne e a tornar tenra. Originalmente, esta técnica foi criada como uma forma de preservar a carne antes da refrigeração. A necessidade do homem cria por vezes estas pequenas maravilhas.

E sai um pedaço de história.

O Pastrami aparece nos Estados Unidos, trazido por emigrantes Judeus na segunda metade do século XIX. A primeira sandes de Pastrami criada nos Estados Unidos, é atribuída à Nova Iorquina Sussman Volk, uma emigrante da Lituânia, em 1887. Sussman Volk terá conseguido a receita através de um amigo Romeno em troca da guarida da sua bagagem.

E como correu?

Depois da história, podemos ir para a nossa experiência. O Pastrami é servido em grandes quantidades dentro de uma sandes que é previamente barrada com mostarda. Depois parte de cada um saber se quer com pickles ou não, que na nossa opinião são brutais. A carne é tenra como se vê pouco. Apesar da grande quantidade, ela desfaz-se como manteiga.

Por cá, dá para comprar?

Para quem quiser ter uma ideia do que é o Pastrami, mas não tem disponibilidade para ir a Nova Iorque, podem fazer como nós quando a saudade aperta. O Super Mercado do El Corte Inglés vende Pastrami na charcutaria. Não é tão bom como o que é comido lá claro. Lá as peças estão quentes e são cortadas na hora depois de 30 dias no processo de fumar e cozer, enquanto normalmente as peças que se encontram em charcutaria passam por um processo de 36 horas. Mas pelo menos dá para perceber a ideia.

Fiquem com as fotos que nós já ficámos com fome e com vontade de voltar ao Katz’s.

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